Dia 21/06/2011 foi disponibilizada a versão final do Firefox 5. Dizem por aí que tem muita gente que "foi pega de surpresa", alguns chegaram a criticar a nova postura da equipe de desenvolvimento, enquanto outros ficaram entusiasmados com a agilidade com que novos recursos serão disponibilizados. E você? O que acha disso tudo?
Opinião
Bom, acho que dizer que muita gente foi "pega de surpresa" pode até ser verdade, mas o fato é que o grande anuncio da Mozilla Foundation dos últimos tempos foi o lançamento do Firefox 4, em março deste ano. Ele, sim, teve uma mudança estrutural significativa de sua versão anterior e voltou a colocar o Firefox num patamar competitivo entre os navegadores atuais. Porém, já naquela época, também foi apresentando o novo cronograma de desenvolvimento e forma de versionamento do software. Foi pego de surpresa quem não notou isso. Ou seja, já estava programado o lançamento da versão 5 para junho, assim como a versão 6 está programada para o terceiro semestre do ano.
Li um artigo no IDGNow! dizendo que o "Firefox 5 é um tiro no pé", alegando que: (i) é difícil dar suporte a clientes sendo que cada um tem uma versão diferente do navegador; e que (ii) as corporações terão dificuldade em atualizar o software em tão pouco tempo.
Na minha opinião, isso é besteira. Bugs e falhas aparecem sempre, é praticamente inevitável. Porém, é imprescindível que uma atualização seja oferecida o mais rápido possível, de uma forma ou de outra. Se ela se chamará 4.0.1 ou 5, pouco importa. Isso é apenas uma política de versionamento. O importante, no entanto, é que a atualização possa ser feita com facilidade, sem dor ou trauma. No meu Fedora 15 (Linux), a atualização é prevista pelo próprio repositório. Nas companhias (que normalmente usam aquele software proprietário) e controlam restritivamente os software utilizados, precisam de um sistema para atualização automática dos computadores da rede local (como exemplo, tem o Active Directory, nativo no Microsoft Windows Server).
De fato, a versão 5 não traz nenhuma mudança visual ou estrutural do navegador para usuários finais desde a versão 4. Trouxe, no entanto, algumas correções de bugs (especialmente as introduzidas na versão 4) e também alguns novos recursos que já estavam previstos. Particularmente, acho mais agradáveis as políticas de versionamento em que só se muda a versão principal quando ocorrem mudanças mais significativas (mas isso é uma opinião de programador). Porém, sou totalmente a favor de cronogramas mais ágeis para lançamento de novos recursos para desenvolvedores. Assim, é possível acompanhar a evolução do navegador aos poucos, e não com um pacotão de novos recursos.
Mas será que a estratégia não foi criada justamente para causar polêmica? Acredito que esta postura tenha sido adotada justamente para manter o Firefox no foco das atenções. Aquela velha história de "Falem bem ou falem mal, mas falem de mim". Além disso, não duvido que existem usuários por aí que acham que o Internet Explorer 9 é melhor que o Firefox 4 porque o 9 é posterior ao 4 (um absurdo). Com as versões principais sendo lançadas com esta periodicidade, logo logo o Firefox ultrapassará os concorrentes em termos de numeração utilizada.
O artigo chega a citar a opinião de um internauta: "A web não muda drasticamente a cada dois meses para justificar tal postura". De fato, os padrões não mudam tanto, mas muita coisa futura já está semi-pronta. Por exemplo, o HTML 5 e o CSS 3. São linguagens ainda incompletas, mas que já possuem algumas especificações bem definidas. A quantidade de recursos novos (previstos) é imensa, e não acho legal um navegador só disponibilizar tais recursos quando estiverem 100% prontos. Disponibilizando recursos antes, os desenvolvedores já podem experimentar, reportar problemas e eles já são corrigidos antes da tecnologia ser oficialmente lançada.
Mas afinal, o que você pensa disso tudo? Seria uma estratégia de marketing, bem elaborada? Seria apenas uma política de versionamento ingênua, embora polêmica? Deixe seu comentário.
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