Search Engine Optimization (Otimização para Mecanismos de Busca) ou simplesmente SEO é um termo que tem aparecido cada vez mais vezes no meio tecnológico e dos negócios. Na atual "Era da Informação" e pelo atual nível de globalização, ter visibilidade digital (entre outras) tem grande importância econômica. A visibilidade digital é conquistada de diferentes formas e este artigo apresenta algumas delas, explicando o conceito de SEO.
Contextualização
A Web, ao longo dos anos, evoluiu junto com os mecanismos de buscas. É difícil imaginar como ela seria sem eles. Creio que seria como uma cidade gigantesca com ruas sem nomes, onde você só consegue chegar a algum lugar específico se souber a coordenada exata e usar um GPS para chegar. Para facilitar a vida dos usuários da Web, existem basicamente duas estruturas de auxílio: os diretórios de links e os buscadores.
Os diretórios de links são sites gerenciados por uma equipe que, normalmente, avalia os links que são armazenados no diretório e os disponibiliza de forma organizada por categoria.
Os mecanismos de busca são estruturas mais complexas que, normalmente, possuem um robô que frequentemente navega na Web de página em página (através dos links que encontra) e vai atualizando um gigantesco banco de dados; e possuem um site (interface com o usuário) que apresenta uma caixa de pesquisa onde o usuário digita o que está procurando, o site vasculha no seu banco de dados os sites que possuem aquelas palavras e devolve uma lista de resultados. Não preciso dizer que este segundo caso é o mais comum nos dias de hoje, inclusive o gigante Google. Embora o Google seja usado por boa parte das pessoas, existem vários outros buscadores, tais como: Yahoo!, Entireweb, Altavista, Bing, etc. Veja uma lista de buscadores agrupados por tipo.
O conceito de SEO está diretamente relacionado com este segundo tipo apresentado. Search Engine Optimization é o processo de otimização de um site para que ele tenha mais visibilidade entre os mecanismos de busca. Ou seja, estratégias para deixar o site entre os primeiros resultados da pesquisa, já que a Web de hoje possui mais de quatrilhões de páginas. Experimentando buscar pela palavra "a" no Google, por exemplo, obtive 25.270.000.000 resultados. Certamente os resultados que aparecem na primeira página tem muito mais visibilidade e chances de serem acessados do que um resultado na página um bilhão.
Cada mecanismo de busca usa um conjunto de critérios que consideram ideais para que os resultados mais relevantes sejam mostrados antes daqueles considerados menos relevantes, e de forma que não possam ser facilmente manipulados. Afinal de contas, a relevância dos resultados é o que o usuário final mais quer (achar o que realmente está procurando). Muitos deles consideram relevantes aqueles sites que possuem muitos links externos que apontam para ele, pois consideram que se estão "citados" em outro site, provavelmente é porque foi indicado por alguém que gostou e quer compartilhá-lo. De fato, o próprio dono do site pode se auto-divulgar (spamdexing) em outros sites buscando melhorar seu ranking entre os resultados dos buscadores. Por outro lado, os buscadores tem procurado ficar cada vez mais "inteligentes" para identificar fraudes e auto-divulgação. As estratégias considerados "boas práticas" para tornar um site relevante são chamadas de estratégias de "chapéu branco" (em inglês: white hat), enquanto os meios considerados fraudulentos são chamados de "chapéu preto" (em inglês: black hat).
Porém, este foi apenas um exemplo de um dos critérios usados por alguns dos buscadores. Vamos tentar listar outros critérios utilizados na próxima seção.
Critérios de ranqueamento usados por Buscadores Web
Os Buscadores Web normalmente utilizam duas categorias de estratégias de avaliação de um site para ranqueamento: a primeira delas está relacionada com o próprio conteúdo do site (sua organização, tamanho, disposição dos elementos, etc.) e a segunda está relacionada com o meio externo (quais os sites que possuem link para o site, como é a reputação deles, etc.). Chamarei a primeira de "fatores internos" e a segunda de "fatores externos".
A primeira categoria deve ser vista minuciosamente, já que está diretamente ao alcance do desenvolvedor do site (publicador, web designer, web master, etc.). A segunda, é um pouco mais delicada pois não está diretamente ao alcance do desenvolvedor, mas também é muito importante para o ranqueamento. Note que ambas são importantes pois não adianta nada um site ser "linkado" por muitos outros, mas não ter conteúdo. Da mesma forma que não adianta nada o site ter um rico conteúdo, mas não parecer ser tão relevante para os buscadores em função da sua popularidade junto a outros sites.
Os fatores internos estão muito relacionados com a semântica de alguns elementos do documento e com o conteúdo propriamente dito (e a semântica utilizada para estruturá-lo). Num documento HTML, por exemplo, sabemos que existe uma região com informações de cabeçalho (head) e outra região com o conteúdo (body). Na head, normalmente ficam informações que auxiliam os buscadores, tais como palavras-chave, título, nome do autor, data de publicação, links relacionados. Já no conteúdo, é importante que os elementos sejam apresentados com a semântica de seus elementos HTML. Por exemplo, se você usa a tag <abbr> para indicar a sigla e o significado dela, existe mais chances do buscador achar o site por uma palavra ou outra. Vejamos alguns critérios relacionados a estes fatores internos:
- Inclusão de um título condizente com o conteúdo (tag <title>)
- Inclusão de meta-informações, tais como:
- description - Com a descrição do conteúdo.
- author - Com o autor do conteúdo.
- keywords - Com a lista de palavras chave associadas ao conteúdo e delimitadas por vírgula (não adianta colocar milhares de palavras-chave, pois os buscadores podem considerar apenas as N primeiras).
- category - Com o nome da categoria a que se enquadra o conteúdo.
- language - Com o idioma usado para apresentar o conteúdo.
- robots - Com a indicação de que o conteúdo pode ser visto pelos buscadores e os seus links podem (ou não) ser vasculhados em cascata.
- Utilização de meta-informações padronizadas, tais como as definidas por:
- Utilização de links de navegação (tag <link> com atributo rel) para que o buscador encontre outros documentos do mesmo site ou sites relacionados.
- Utilização das tags com a semântica HTML correta.
- Utilização de textos alternativos para imagens (atributo alt) e, se possível, descrições mais detalhadas das imagens (atributo longdesc apontando para um documento com mais detalhes).
- Especificação do significado das siglas utilizadas no conteúdo através da tag <abbr>.
- Utilizar a ortografia correta das palavras no idioma especificado e, quando utilizar palavras estrangeiras, utilizar o atributo <xml:lang> (para XHTML) e/ou <lang> (para HTML) nos elementos que contém o texto em outro idioma.
- Ao utilizar um termo que possui significado diferente entre diferentes áreas do conhecimento, procurar, se possível, especificar de qual área o termo se refere.
- O conteúdo do documento precisa ter um vocabulário diversificado, pois as pessoas usam as mais diferentes [absurdas] combinações de palavras para localizar o que querem. Procure pensar sobre "como eu encontraria este documento buscando em um buscador?" e direcione a escrita do conteúdo para esta pergunta (especialmente em sites de notícias, blogs, informativo, etc.). Já li, inclusive, estratégias que reescrevem o mesmo texto de diferentes formas só para aumentar as chances de um dos documentos ser visto.
- Utlilize microformatos onde for possível.
- Evite ao máximo a criação de conteúdos que são exibidos apenas através de acionamento via script (JavaScript), pois possivelmente não serão detectados por buscadores automatizados.
Com relação às estratégias externas, pode-se citar a divulgação do site para um grupo com potencial interesse no seu conteúdo, a fim de causar a fidelização das pessoas ao site e, consequentemente, elas divulgarem naturalmente os conteúdos que consideram interessantes. Isso tem bastante abrangência quando se utilizam redes sociais. Por exemplo, postando no twitter um link e associando às palavras corretas (com o símbolo #), pode-se conseguir a visibilidade de um público que se interessa pela palavra apresentada com #. Também pode causar boa impressão entre os seguidores e o conteúdo se espalhar conforme o grau de satisfação do público. Isso também vale para outras redes sociais como o facebook, por exemplo, e seus botões de "curtir" e, agora, "compartilhar".
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